domingo, 31 de julho de 2011

A agonia de Omayra


       Essa foto a muito tempo me intriga, por isso resolvi criar uma postagem para contar um pouco da triste e curta história da garota dessa foto, que rodou o mundo e ganhou muitos prêmios, mas poucos sabem o seu verdadeiro significado. O olhar dessa garota me dá até calafrios, uma garota vítima de um desastre natural, e também do descaso do governo que não enviou os recursos necessários a tempo para salvá-la.
"Em 1985, a vida de muitos colombianos mudou radicalmente: o vulcão Nevado del Ruiz arrasou com o povoado de Armero, causando grandes estragos. Muitos dos moradores perderam suas moradias e outros mais, a vida.
A erupção do vulcão, considerado como o pior desastre natural da história da Colômbia, feriu 800 mil pessoas e custou a vida de mais 25 mil.
O desastre foi tão grande que atraiu a atenção de milhares de jornalistas entre os quais se encontrava o fotógrafo Frank Fournier, que se tornou famoso naquele ano de 1985 por receber o prêmio World Press Photo, com uma imagem que deu a volta ao mundo e que se converteria em uma das fotografias mais comoventes da história marcando o início do que hoje chamamos "globalização", pois a agonia foi acompanhada em tempo real pelas câmaras de televisão de todo o mundo.
Quando Frank Fournier pisou o território colombiano, dirigiu-se rapidamente ao local onde ocorreram os fatos. No momento que chegou ao povoado de Armero, um camponês comentou sobre uma garota que precisava de ajuda. Sem pensar duas vezes, pediu ao homem em questão que o levasse aonde se encontrava a menina.
- "Quando cheguei ao local ela estava quase sozinha, algumas poucas pessoas rodeavam-na, mas no entanto os bombeiros ajudavam outra pessoa um pouco mais distante dali", comentou Fournier
- "Estava dentro de um grande poço, presa da cintura para abaixo por concreto e outros escombros de casas que foram destruídas. Já aguentava três dias nessa situação, estava dolorida e muito confusa".
Esta menina de nome Omayra Sánchez de treze anos manteve-se com vida durante 60 horas, lutando incansavelmente para salvar sua vida. Testemunhas contam que, quando os repórteres chegaram, estava com a cabeça recostada sobre um pedaço de pau, que colocaram próximo a ela como único recurso para propiciar-lhe um pouco de conforto.
O repórter da BBC disse que em dado momento ela disse um "Ai...!" que lhe cortou a alma:
- "Mas em momento algum ela chorou, não nos olhava com súplica, não parecia derrotada, seu olhar tinha muito uma valentia indômita como se nos dissesse, 'ei, eu estou bem!".
Durante os três dias que permaneceu viva, vários bombeiros tentaram lhe salvar a vida; no entanto a tarefa era muito complicada, pois se tentassem tirá-la pela força podia perder as pernas e no pior dos casos destroçar toda a coluna.
Foi assim que decidiram pedir as autoridades locais uma moto-bomba para retirar a água, para que dessa forma fosse possível retirar o material que a aprisionava; no entanto, esta nunca chegou.
Os bombeiros em mais de uma ocasião pronunciavam palavras de ânimo:
- "Aguenta ai garota, juramos que vamos tirar você daqui". Ao que ela respondia:
- "Vão descansar um pouco e voltem depois para tirar-me".
No terceiro dia, a uma da manhã, Omayra começou a delirar. Testemunhas assinalam que às três da manhã a menina comentou:
- "Acho que já vou, o Senhor está me esperando". Poucos minutos depois a menor faleceu...
Durante esses dias de agonia, manteve-se pensando somente em voltar a escola e em suas provas, ao mesmo tempo que mandava uma mensagem de conforto a sua mãe.
A foto de Frank Fournier originou uma controvérsia a respeito da indiferença do Governo Colombiano com respeito às vítimas. A imagem foi publicada meses após que a garota falecesse.Não existe um túmulo específico, porque foi enterrada ali mesmo onde morreu já que chegaram a conclusão que para tirá-la teriam que cortar as pernas e sua mãe não quis que fosse assim.A famosa imagem de Omayra e a grande pena que o mundo sentiu nesse dia, fazem com que hoje em dia seja uma espécie de lugar de peregrinação e muitas pessoas consideram-na uma santa, inclusive."

"Fonte : http://www.mdig.com.br " 

terça-feira, 19 de julho de 2011



Todos os dias - Catedral 
 Todos os dias quando o sol se põe
Vem a verdade ao escurecer
Eu sinto que existo
Mas falta alguém para me resolver
Em tudo o que eu vivo
P'ra realmente eu me entender
Todos os dias quando eu vejo o mar
Me dá vontade de tentar viver
Tudo o que acredito
Mas falta alguém para me resolver
Eu sinto que existo
Mas falta alguém p'ra chegar e dizer
Se a loucura atingiu
O meu senso de ter
Um espaço fechado de um tempo marcado pra mim
Não quero a dor como amiga
Sei que posso prosseguir
E sem querer fim
Não há o que temer
Procurando alguém
Quero encontrar você
Poetiza o amor
Tudo vai renascer
Leva os sonhos no peito,
Relembra o que se perdeu
Terás a maior das moradas
E a vida voltará!
Não há mais frio
O sol já raiou
A verdade escreveu
Um poema de amor
E sem querer fim
Não há o que temer
Não procuro alguém
Já encontrei você